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Ato público reúne categorias em greve no centro de Mossoró


Servidores de várias categorias paralisadas realizam um grande ato unificado na sexta-feira (21) a partir das 7h, na Praça do Mercado Central, em Mossoró. Na oportunidade, os servidores públicos estarão denunciando a falta de negociação dos governos com os grevistas e criticando a política de arrocho fiscal e cortes orçamentários.


Para o presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal Rural do Semi-árido (Ufersa) Joaquim Pinheiro, que está em greve desde o dia 28 de maio, a atividade unificada fortalece as pautas de todas as categorias e mostra que os trabalhadores estão vigilantes acerca de seus direitos, enfrentando a truculência e falta de diálogo dos governantes.


“Os servidores públicos estão mobilizados e em greve, na defesa dos seus direitos e de um serviço público de qualidade para toda a população. Estamos na rua para garantir que tenhamos educação, cultura, saúde de qualidade, lembrando aos governos que os trabalhadores não pagarão pela crise econômica que se instalou no país”, afirmou Joaquim.

O Fórum dos servidores públicos do Oeste Potiguar, que reúne grevistas da esfera municipal, estadual e federal na região, publicou uma nota conjunta, que será distribuída durante o ato da sexta-feira. Veja a nota na íntegra:



II ATO UNIFICADO EM DEFESA DO SERVIÇO PÚBLICO E DOS DIREITOS DOS SERVIDORES

CONTRA OS CORTES E POR MAIS INVESTIMENTOS NO SERVIÇO PÚBLICO


Temos assistido a constantes anúncios de cortes no orçamento destinados aos serviços públicos, como educação, saúde, previdência, entre outros. O Governo Federal parte de um falso argumento o qual atribui aos gastos sociais a culpa pelo rombo das contas públicas. Sob essa justifica cortou até o momento das áreas sociais R$ 79,4 bilhões do orçamento público, resultante do chamado “pacote do ajuste fiscal”. Além do mais, aprovou medidas Provisórias (MP)- 664/2014 e 665/2014 - que passaram a restringir o acesso a direitos trabalhistas e previdenciários.

Enquanto isso, segundo a Auditoria Cidadã da Divida, nos primeiros seis meses de 2015 repassou R$ 528 bilhões, o equivalente a nada menos que 53,44% de todas as despesas federais no período, para pagamentos de juros de uma dívida pública questionável, possibilitando que a maior parte da riqueza produzida sociedade brasileira seja transferida para os banqueiros e especuladores financeiros. As consequências dessa opção política são a precarização dos serviços públicos e o confisco dos salários e direitos dos servidores.

Portanto, acreditamos que a melhor forma de se contrapor a tais políticas é reforçar o movimento de resistência em curso dos servidores públicos, local e nacional, na luta contra esses ataques provocados pela política econômica dos Governos (federal, estadual e municipal), que corta recursos fundamentais que comprometem severamente o funcionamento de serviços públicos essenciais à população.

Assim, conclamamos à sociedade potiguar a apoiar essa luta, pois para um serviço público gratuito e de qualidade é essencial investimentos e valorização dos servidores. Junte-se a nós!


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