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Docentes da Uerj aprovam estado de greve e paralisação


Mais de 300 docentes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) aprovaram em assembleia, realizada na quinta-feira (3), o estado de greve e paralisação das atividades acadêmicas na instituição nos dias 8 e 9 de dezembro. Decidiram também por participar da ocupação da Uerj feita pelos estudantes desde o dia 30 de novembro na instituição, com aulas públicas e atividades culturais.


Guilherme Abelha, 1° secretário da Regional Rio de Janeiro do ANDES-SN, explica que a decisão da assembleia reflete o momento crítico vivido na Uerj. “Não há condição, na nossa avaliação, de retomar o semestre do jeito que está. Não tem pagamento dos trabalhadores terceirizados, dos bolsistas, dos residentes, dos professores substitutos, e ainda técnicos e professores recebendo salários parciais e vivendo na incerteza. Estamos todos envolvidos, apesar das diferentes nuances, na mesma conjuntura”.


Os docentes também aprovaram outras resoluções como o não lançamento do relatório de frequência e das notas do atual período letivo, a indicação de uma assembleia comunitária na próxima segunda-feira (7), a participação na audiência pública que acontecerá no dia 9, na Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), e no debate sobre a crise na Uerj, para o qual o reitor da instituição foi convocado para prestar esclarecimentos. Os docentes irão ainda solicitar ao Ministério Público do Estado do Rio a fiscalização das contas da Uerj e do governo estadual.


Com relação ao pagamento parcial dos salários dos docentes e técnicos e o atraso na segunda parcela do 13°, os professores irão propor, aos demais servidores públicos estaduais, a organização de um ato unificado em frente ao Palácio Guanabara e a entrada de uma ação judicial para garantir o pagamento de todos os servidores do estado.


De acordo com o diretor do Sindicato Nacional, há recursos no estado, o que não há é prioridade com a educação e os trabalhadores. “Não existe alternativa para nenhum setor dentro da Uerj que não seja o de investir todas as suas forças na mobilização. A condição para todos nós é muito grave, no que tange ensino, trabalho, e salário. Só poderemos derrotar esse projeto de sucateamento da universidade pública se dermos uma reposta conjunta”, ressalta.

A próxima assembleia está marcada para a próxima quinta-feira (10), às 14h, e está na pauta à votação do indicativo de greve.


Ocupação da Uerj


Ainda em assembleia realizada nessa quinta (3), os docentes demonstraram o total apoio à luta dos estudantes da Uerj, que ocupam os campi de São Gonçalo, Maracanã, Caxias e Rezende da instituição. Foi deliberada na ocasião a participação dos docentes na ocupação e na realização de aulas públicas e atividades culturais. Além da retomada do semestre somente quando forem restabelecidas as condições de funcionamento na universidade, com a regularização das bolsas e dos salários dos terceirizados e dos professores contratados.


Uezo


Na manhã de quinta-feira (10), docentes, técnicos e estudantes da Universidade Estadual da Zona Oeste (Uezo) realizaram um ato conjunto no bairro de Campo Grande, Rio de Janeiro, para denunciar à população local a negligência do governo do estado com a instituição. Segundo a comunidade acadêmica, faltam docentes e recursos para pagar os servidores terceirizados da Uezo. A comunidade acadêmica conseguiu, na ocasião, recolher 700 assinaturas para a petição: "A Uezo pede socorro!”


Fonte: Andes


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